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Nos últimos
dias, temos ouvido em todos os meios de comunicação, a respeito do julgamento
do casal que, num ato tresloucado teria assassinado uma criança de cinco anos
de idade jogando-a pela janela do sexto andar do prédio onde moravam na cidade
de São Paulo. Foi amplamente noticiado a luta entre os advogados de defesa e a
promotoria, na tentativa de provar a inocência ou a culpabilidade dos mesmos, o
que não vamos aqui argumentar nem mesmo conjecturar.
Tudo o que
quero pensar e trazer à reflexão diz respeito à complexa atividade dos
advogados de defesa. Estes advogados têm a difícil tarefa de defender pessoas que
em muitos casos são verdadeiramente culpadas. Alguns alcançam seu objetivo, provando
a “inocência” de culpados, outros
não.
Reconhecendo a
culpabilidade dos réus, não dos acima citados, mas dos réus de modo geral, vamos
imaginar um advogado lutando com todas as “armas”
legais e possíveis para defendê-los e então colocá-los em liberdade, foi o que
fizeram os advogados contratados na tentativa de defender o casal acima
descrito. Estes advogados juntamente com sua equipe, estudam exaustivamente o
processo, analisando cada ponto com todo o cuidado possível, leem e releem os
depoimentos de acusação procurando brechas que possibilitem uma
contra argumentação, examinam em minúcias as provas colhidas, estudam laudos
periciais à exaustão, tudo na tentativa de encontrar controvérsias, ou
incompatibilidades, e isto são de fato tudo o que podem fazer, e o fazem muito
bem, com total dedicação, merecendo parabéns mesmo não obtendo êxito.
Tendo estes
advogados acima como ilustração, desejo pensar junto com você na condição
humana diante de DEUS.
DEUS criou o
ser humano, movido por amor, e para que este pudesse viver em perfeita comunhão
com Ele, Deus; a Bíblia conta que este homem, criado à imagem e semelhança de
Deus, em determinado ponto da história decidiu desobedecer a Deus, e viver de
acordo com sua própria vontade e desejos, trazendo sobre si e sobre toda a raça
humana a culpa da desobediência. Creio que o problema não estava no fruto em
si, mas no principio que foi quebrado, a obediência e a dependência do DEUS
soberano neste ponto da historia deixou
de ter importância para o homem. O homem desobedeceu.
A esta
desobediência chamamos PECADO. O pecado ao entrar no mundo
pela desobediência do homem, trouxe sobre toda a criação, a consequência mais
dolorosa da existência humana; a MORTE. A Bíblia diz: “Todos
pecaram e destituídos estão da gloria de Deus”, Romanos 3:23. E também diz: “O salário do pecado é a morte...” Romanos 6:23. Deste modo, pelo que
podemos entender dos versículos acima, TODOS nós, por causa do “pecado original” fomos afastados da
gloriosa presença de Deus, pois Deus é Deus Santo e não pode conviver com
pecado, e que a morte é o pagamento dos nossos pecados, e no caso aqui não se
trata de morte física, mas espiritual.
O homem,
entretanto tem buscado desde aquele doloroso momento, a reconciliação com O Deus
Criador, seja através de cultos e rituais religiosos, sacrifícios de animais
(permitidos por Deus na época), através das religiões, das filosofias, dos
conhecimentos, crendo que todos os caminhos levam a Deus. Tudo isso não passa de uma analogia dos
recursos utilizados pelos advogados na tentativa de localizar uma “brecha” e assim defender o seu “cliente”, sendo este “cliente” culpado. É importante lembrar
que quando o réu não tem recursos financeiros para contratar um advogado, o
ministério público deve nomear um advogado gratuito, para que o réu não fique
sem o seu direito de defesa.
Deus não só
nomeou “um” advogado, para tentar nos
defender, usando “meios” legais e possíveis, mas, nomeou O Único advogado suficientemente capaz de, não somente nos
defender, mas, e principalmente tomar o nosso lugar. Jesus Cristo é este
advogado, e isto de graça e por graça, ou seja, favor imerecido, os
advogados de modo geral, apenas tentam com grande luta e fervor defender seus
clientes, porém, nenhum advogado em nenhum tempo se pôs no lugar do réu,
assumindo plenamente suas culpas, (pelo menos, não que se tenha conhecimento). Quando
Deus enviou Jesus ao mundo foi para que, de modo maravilhoso o ser humano
pudesse ser absolvido de sua culpa, Jesus se fez culpado por nós, Jesus se pôs
no meu e no seu lugar, recebendo em seu corpo a pena cabida a mim e a você.
No livro do
profeta Isaías, datado de aproximadamente setecentos anos antes de Jesus
Cristo, está escrito: “...verdadeiramente
Ele tomou sobre si todas as nossas dores, o castigo que nos trás a paz estava
sobre Ele...” (Is 53: 4-12). O ser humano pecou, Jesus não. Eu pequei,
Jesus não. Você pecou, Jesus não. O ser humano deveria receber como sentença a
morte, Jesus não. Eu deveria receber como sentença a morte, Jesus não. Você
deveria receber como sentença a morte, Jesus não. Um dos versículos acima diz
que, “o salário do pecado é a morte...” Romanos 6:23, mas graças a Deus em
Cristo Jesus, que este versículo não tem um trágico ponto final, mas logo após
a palavra “morte” vem uma vírgula, e o que vem após esta vírgula é algo
tremendo, a esperança real que jamais o homem canheceu, após a vírgula podemos
ver a expressão maior do amor de Deus por nós, “...mas o don (favor) gratuito
de Deus é a vida eterna por meio de Cristo Jesus”. Romanos 6:23, Jesus cumpriu em si mesmo a justiça de Deus,
para que nós através D’Ele pudéssemos ser reconciliados com Deus.
JESUS CRISTO,
É O advogado nomeado por Deus, não para defender, mas para se colocar no lugar
do réu. Ao olhar para cruz vemos a justiça e o amor de Deus.
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